Cidades do conhecimento a nascer em Portugal pela mão de milionário indiano

Cidades do conhecimento a nascer em Portugal pela mão de milionário indiano

Sam Pitroda assinou protocolo de cooperação com a autarquia de Setúbal para o primeiro projeto. E tem mais duas em vista.

Portugal continua no radar das grandes fortunas internacionais. Agora, foi o milionário indiano Sam Pitroda, que lidera o Pitroda Group, que decidiu atrair investimento para o país, onde pretende construir três Cidades do Conhecimento. Para o efeito, o físico – que fez fortuna nos EUA no setor das telecomunicações e trabalhou para o governo indiano no desenvolvimento de um plano tecnológico – deu recentemente os primeiros passos formais para viabilizar este projeto, com a assinatura de um protocolo com a autarquia de Setúbal. E tem planos para avançar nas zonas de Lisboa e Porto.

Uma Cidade do Conhecimento é “um complexo integrado” onde vivem e trabalham “trabalhadores do conhecimento”, segundo explicou Sam Pitroda ao Negócios, destacando que  “é uma cidade onde o talento se junta”. As três Cidades do Conhecimento terão “clusters” diferentes que respeitarão a realidade empresarial, social e ambiental. “Este é um projeto inclusivo. Não vamos criar guetos”, garante o empresário,  que é apontado como o mentor da revolução tecnológica na Índia nos anos 1980.

Como vai ser o projeto sadino?

Em Setúbal esta cidade irá nascer no Vale da Rosa, muito perto das instalações do BlueBiz Global Parques e do campus do Instituto Politécnico de Setúbal. O projeto deverá incluir escritórios, área residencial, um hotel, um centro de conferências, um hospital, escolas e universidades, comércio, parques de estacionamento e espaços de divertimentos, arte e cultura.

O plano estratégico para Setúbal será, de acordo com a mesma fonte, feito por uma empresa portuguesa especializada nestes projetos de longo prazo habituada a trabalhar para autarquias e para o Governo. Contará também com o contributo de um comité de sábios local constituído por pessoas relevantes das mais variadas áreas.

Além da cidade sadina, o grupo tem em curso negociações com uma autarquia no Norte do país “que ainda não queremos identificar porque está num estado muito embrionário”, avançou o responsável numa conversa com o diário em Lisboa, esclarecendo que “o plano é mobilizar recursos globais. Eu não vou investir 800 milhões de euros [o custo global estimado para a construção de uma Cidade do Conhecimento]. O meu trabalho é, com a ajuda de várias pessoas que tal como eu têm os contactos certos, atrair investimento. E já há interessados”.

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